Sr. Ministro Luiz Fux, concordo que segundo a Constituição leis ordinárias devem vigorar 1 ano após aprovação, mas segundo essa mesma constituição "O POVO" é a autoridade "MÁXIMA" nêsse País, isso está expresso no parágrafo único do artigo 1ºda Constituição Federal do Brasil.
Considerando que a Lei da "FICHA LIMPA" é de iniciativa POPULAR e não uma LEI ORDINÀRIA, é portanto "SUI GÊNERIS" e deveria ser interpretada à favor da sociedade "HONESTA" de Brasileiros que se empenharam pela sua aprovação para vigorar ainda em 2010.
Segundo o meu entendimento (SOU TÉCNICO EM ELETRÔNICA) devidamente debatido com professôr de DIREITO CONSTITUCIONAL renomado e de conduta ILIBADA da USP (Universidade de São Paulo) o Poder que V.Exlcia. representa é INCONSTITUCIONAL, já que não há vinculos do STF com o POVO, mas predomina o CORPORATIVISMO à favor de PARTIDOS de CORRUPTOS aos quais êsse Poder esta subordinado.
Essa conduta histórica do STJ é um câncer em nossa sociedade que deve ser extirpado, V.Exlcia. deveria se posicionar ao lado do POVO que Constitucionalmente é que verdadeiramente DETÈM o PODER e lutar para LEGITIMAR essa Côrte e ser digno do cargo que ora ocupa, como disse o nosso saudoso “Àguia de Haia": "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos MAUS, o homem chega a desanimar da virtude, a rir se da honra e a ter vergonha de ser HONESTO".
Sem mais, gostaria de enfatizar que se o STJ estivesse à fazer o trabalho para o qual é constituido, não haveria necessidade do Projeto de Emenda Popular que criou o FICHA LIMPA, um dos senadores que será empossado por SUA decisão tem DEZENAS de PROCESSOS TRAMITANDO ai no STJ (dormindo nas gavetas) diante disso, não vejo nenhuma utilidade PRÁTICA na existência dessa corte como esta para o POVO BRASILEIRO.
Lamentavelmente:
José M. de Macedo
“O Patriotário”
sexta-feira, 1 de abril de 2011
REDAÇÃO PREMIADA
"PÁTRIA MADRASTA VIL"
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?
Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Esta redação foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.
Favor divulguem, aos poucos iremos acordar este "BraSil".
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?
Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Esta redação foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.
Favor divulguem, aos poucos iremos acordar este "BraSil".
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Minicurso de História Geral do Brasil para Principiantes ou Orgulho de
Ser Brasileiro?!
Há muito tempo atrás, homenzinhos gananciosos de uma terra chamada
?Portugal? saíram de barco, mar afora, atrás de outras terras para
saquear e gente para explorar. Numa dessas viagens, chegaram numa terra
que eles alegaram ?descobrir?, apesar de nela já viverem pessoas, que
andavam nuas e a quem os portugueses chamaram de ?índios?. A essa terra, os portugueses deram o nome de ?Brasil?. Os portugueses mataram alguns índios e estupraram algumas índias, e daí nasceram os primeiros
brasileirinhos. O problema é que os portugueses gostaram de matar
índios, e os poucos que sobraram foram espertos e deram no pinote. Os
portugueses ficaram sem gente pra explorar e resolveram ?importar?
alguns africanos, à revelia destes. Os portugueses também estupraram
algumas africanas e daí nasceram mais alguns brasileirinhos. Alguns
brasileirinhos ganharam mais brinquedos que outros (inclusive africanos,
que eram brinquedos de trabalhar, e por isso chamados de ?escravos?), e
daí surgiram os brasileiros ?ricos?, que tinham muito, e os brasileiros
?pobres?, que tinham pouco ou nada.
Alguns séculos de mais estupro e exploração depois, aquele que se dizia
?Rei? dos portugueses saiu de Portugal fugindo de um general baixinho
que queria ser dono da terra onde ficava Portugal, a ?Europa?, e veio se
esconder no Brasil. Quando outro general, vindo de um país chamado
?Inglaterra? (cujo Rei já mandava naquela área e não queria perder a
brincadeira) resolveu o problema, botando o general baixinho e folgado
de castigo pro resto da vida numa ilha bem longe da Europa, o Rei
decidiu voltar. O problema é que seu filho mimado (o ?príncipe?) bateu
pezinho e disse: ?Eu fico!?. Por algum motivo, os brasileiros acharam
que a manha do principezinho foi um acontecimento importante e deram a esse dia o nome de ?Dia do Fico?. O rei insistiu, mas o principezinho
decidiu que já era grandinho pra explorar um povo inteiro sozinho e
gritou: ?Independência ou Morte!?. Foi assim que o Brasil deixou de ser
colônia de Portugal e passou a ser quintal da Inglaterra. Mas pouca
coisa mudou: os brasileiros ricos continuaram importando, reproduzindo e explorando africanos; fazendo tudo isso e ainda estuprando as africanas;
explorando, roubando e enganando os brasileiros pobres.
Acontece que os ingleses haviam descoberto uma brincadeira muito legal
chamada ?capitalismo?, e como também eram mimados, queriam que todo mundo brincasse junto. O problema é que nessa brincadeira não podia ter escravos. Depois de muita insistência, a neta do príncipe mimado, a ?Princesa Isabel? concordou em libertar os escravos, e permitiu que vivessem livres em lugares que ficariam conhecidos como ?favelas?.
Os brasileiros ricos não gostaram de ficar sem sua brincadeira favorita
e decidiram expulsar a princesa e seu papai, que por ser filho do
príncipe mimado, se dizia ?Imperador do Brasil?. Foi assim que nasceu a
?República?. Na república, o Brasil passou a ter um ?presidente?, que
era mais ou menos como um rei, faz o mesmo que um rei (manda matar,
rouba, explora, mente, engana), mas é ?eleito? pelo ?povo?, o que quer
dizer que os brasileiros agora podiam escolher quem iria lhes abusar.
Novamente, pouco mudou, tirando o fato que os brasileiros ricos passaram a importar pobres de pele clara da Europa, em vez de escravos africanos, que tinham pele escura, o que, por algum motivo, era considerado feio e sujo. Até que, um dia, como em todo país que se preza, apareceu um baixinho feio e folgado prometendo que ia mudar tudo. Seu nome era?Getúlio Vargas?. Como todo baixinho folgado, Getúlio não gostava de ser contrariado e mandou prender e torturar alguns abusados que ousaram discordar dele. Foi o ?Estado Novo?.
Foi nessa época que Getúlio resolveu seguir o exemplo de baixinhos mais
famosos que governavam países chamados ?Alemanha? e ?Itália? e que
também queriam, como todo baixinho daquelas bandas, mandar em toda a
Europa. Foi também nessa época que o Brasil deixou de ser quintal da
Inglaterra e passou a ser quintal dos "Estados Unidos", país que tinha
as crianças mais ricas e mimadas de todas, e que aproveitaram a matança
sem sentido que os baixinhos acima citados começaram na Europa e outros lugares para mandar em todo mundo e controlar a brincadeira. Mas esse é outro curso de história.
Voltando à nossa história, como o baixinho não gostava de dividir os
brinquedos, os brasileiros ricos que o elegeram ?presidente? decidiram
tirá-lo de lá. Mas Getúlio, também como todo baixinho folgado, era
teimoso e insistiu em voltar. Voltou e, como o príncipe mimado de lá de
trás, disse que não saía: ?Só morto deixo o Palácio do Catete!?. Quando
viu que ia perder a brincadeira, fez pirraça e deu um tiro no peito. Por
algum motivo, os brasileiros acham que esse baixinho que mandava matar e torturar foi ?o maior de todos brasileiros?, e ele virou o ?pai dos
pobres? e ?herói nacional?.
Pouco depois, um filhote do baixinho, apelidado de ?Jango?, teve a idéia
mais estúpida de todas: tirar terra e dinheiro dos ricos para dar aos
pobres. Os brasileiros ricos não gostaram nada da nova brincadeira, e
pediram ajuda de uns brasileiros chamados ?militares?, porque esses
tinham brinquedos de matar. Os militares gostavam de brincar de ?guerra?
(em que um monte de gente mata outro monte de gente sem motivo algum), mas como os militares brasileiros nunca tiveram muitas guerras pra brincar, eles gostavam de dar palpite no ?governo?, que é a brincadeira de enganar e explorar um monte de pessoas, geralmente apelidadas de ?povo?. Só que o governo geralmente fica a cargo dos ?civis?, que são pessoas que não fazem guerra: mandam fazer.
Os militares acharam que a brincadeira no Brasil tava uma bagunça por
que os civis não tinham disciplina e não sabiam jogar. Fizeram um ?golpe
de Estado? ao qual deram o apelido de ?revolução?, e assumiram o governo e o controle de todos os brinquedos, e decidiram matar e torturar mais alguns infelizes que ousavam reclamar. Devolveram aos ricos tudo o que Jango tirou e deram um pouco mais. Os militares também eram mimados (como se vê, o Brasil é um país de crianças mimadas), gostaram de brincar de governo e, principalmente, de ?caça aos comunistas? (pessoas que também queriam brincar de governar, torturar e matar e prometiam tirar tudo dos ricos para distribuir entre os pobres) e, assim, ficaram mais de 20 anos no ?poder?, que é outro nome pra ?governo?.
Mais uma vez, pouco mudou, exceto que os brasileiros ?civis? não podiam dizer o que pensavam em voz alta. Os brasileiros ficaram fartos dos militares mandões e acharam que era melhor voltar a votar na pessoa que ia mentir e roubar deles. Foi o movimento ?Diretas Já?, que os
brasileiros ricos aproveitaram para derrubar os militares e poder roubar
sozinhos, por conta própria, sem intermediários. Era a ?Nova República?.
Na Nova República, como esperado, tudo se passou novamente sem maiores novidades: as pessoas continuavam exploradas, enganadas, roubadas, miseráveis, famintas, e entretidas com um jogo de bola chamado?futebol?, para o qual os brasileiros demonstravam particular aptidão, e isso parecia lhes bastar para serem felizes.
Um dia, um brasileiro pobre que se tornou rico prometendo aos outros
brasileiros pobres que iria torná-los ricos foi eleito presidente. Se
aprendemos algo até aqui, vamos saber que, novamente e outra vez, pouca coisa mudou: continuou a roubalheira e a distribuição de dinheiro para os ricos. Mas esse presidente, conhecido como ?Lula?, decidiu dar também umas esmolas para os pobres sempre votarem nele e seus amiguinhos, e os pobres ficaram muito felizes, bem como um grupo de brasileiros que gostavam de pensar e escrever, os ?intelectuais?, que disseram que agora sim estava havendo uma ?revolução? no Brasil, o que contraria o argumento de que o trabalho do intelectual é pensar.
O mais engraçado de toda essa história, entretanto, é que as pessoas
nascidas nesse pedaço de terra infeliz, apesar de não terem mérito
nenhum nisso, pois aqui nasceram por acaso (ou desgraça) do destino, e o
lugar de nascimento não determinar o caráter nem o valor de ninguém;
apesar de, pelo contrário, esse país ter sido construído sem méritos, à
base de roubos (a começar pelo roubo da terra dos índios), estupro,
extermínio, escravidão, exploração, miséria, fome e tortura (mais ou
menos nessa ordem), isto é, um país construído sobre injustiça
generalizada; apesar de tudo isso, as pessoas nascidas nessa terra ainda
dizem que têm orgulho de ser brasileiro(a)?.
Ser Brasileiro?!
Há muito tempo atrás, homenzinhos gananciosos de uma terra chamada
?Portugal? saíram de barco, mar afora, atrás de outras terras para
saquear e gente para explorar. Numa dessas viagens, chegaram numa terra
que eles alegaram ?descobrir?, apesar de nela já viverem pessoas, que
andavam nuas e a quem os portugueses chamaram de ?índios?. A essa terra, os portugueses deram o nome de ?Brasil?. Os portugueses mataram alguns índios e estupraram algumas índias, e daí nasceram os primeiros
brasileirinhos. O problema é que os portugueses gostaram de matar
índios, e os poucos que sobraram foram espertos e deram no pinote. Os
portugueses ficaram sem gente pra explorar e resolveram ?importar?
alguns africanos, à revelia destes. Os portugueses também estupraram
algumas africanas e daí nasceram mais alguns brasileirinhos. Alguns
brasileirinhos ganharam mais brinquedos que outros (inclusive africanos,
que eram brinquedos de trabalhar, e por isso chamados de ?escravos?), e
daí surgiram os brasileiros ?ricos?, que tinham muito, e os brasileiros
?pobres?, que tinham pouco ou nada.
Alguns séculos de mais estupro e exploração depois, aquele que se dizia
?Rei? dos portugueses saiu de Portugal fugindo de um general baixinho
que queria ser dono da terra onde ficava Portugal, a ?Europa?, e veio se
esconder no Brasil. Quando outro general, vindo de um país chamado
?Inglaterra? (cujo Rei já mandava naquela área e não queria perder a
brincadeira) resolveu o problema, botando o general baixinho e folgado
de castigo pro resto da vida numa ilha bem longe da Europa, o Rei
decidiu voltar. O problema é que seu filho mimado (o ?príncipe?) bateu
pezinho e disse: ?Eu fico!?. Por algum motivo, os brasileiros acharam
que a manha do principezinho foi um acontecimento importante e deram a esse dia o nome de ?Dia do Fico?. O rei insistiu, mas o principezinho
decidiu que já era grandinho pra explorar um povo inteiro sozinho e
gritou: ?Independência ou Morte!?. Foi assim que o Brasil deixou de ser
colônia de Portugal e passou a ser quintal da Inglaterra. Mas pouca
coisa mudou: os brasileiros ricos continuaram importando, reproduzindo e explorando africanos; fazendo tudo isso e ainda estuprando as africanas;
explorando, roubando e enganando os brasileiros pobres.
Acontece que os ingleses haviam descoberto uma brincadeira muito legal
chamada ?capitalismo?, e como também eram mimados, queriam que todo mundo brincasse junto. O problema é que nessa brincadeira não podia ter escravos. Depois de muita insistência, a neta do príncipe mimado, a ?Princesa Isabel? concordou em libertar os escravos, e permitiu que vivessem livres em lugares que ficariam conhecidos como ?favelas?.
Os brasileiros ricos não gostaram de ficar sem sua brincadeira favorita
e decidiram expulsar a princesa e seu papai, que por ser filho do
príncipe mimado, se dizia ?Imperador do Brasil?. Foi assim que nasceu a
?República?. Na república, o Brasil passou a ter um ?presidente?, que
era mais ou menos como um rei, faz o mesmo que um rei (manda matar,
rouba, explora, mente, engana), mas é ?eleito? pelo ?povo?, o que quer
dizer que os brasileiros agora podiam escolher quem iria lhes abusar.
Novamente, pouco mudou, tirando o fato que os brasileiros ricos passaram a importar pobres de pele clara da Europa, em vez de escravos africanos, que tinham pele escura, o que, por algum motivo, era considerado feio e sujo. Até que, um dia, como em todo país que se preza, apareceu um baixinho feio e folgado prometendo que ia mudar tudo. Seu nome era?Getúlio Vargas?. Como todo baixinho folgado, Getúlio não gostava de ser contrariado e mandou prender e torturar alguns abusados que ousaram discordar dele. Foi o ?Estado Novo?.
Foi nessa época que Getúlio resolveu seguir o exemplo de baixinhos mais
famosos que governavam países chamados ?Alemanha? e ?Itália? e que
também queriam, como todo baixinho daquelas bandas, mandar em toda a
Europa. Foi também nessa época que o Brasil deixou de ser quintal da
Inglaterra e passou a ser quintal dos "Estados Unidos", país que tinha
as crianças mais ricas e mimadas de todas, e que aproveitaram a matança
sem sentido que os baixinhos acima citados começaram na Europa e outros lugares para mandar em todo mundo e controlar a brincadeira. Mas esse é outro curso de história.
Voltando à nossa história, como o baixinho não gostava de dividir os
brinquedos, os brasileiros ricos que o elegeram ?presidente? decidiram
tirá-lo de lá. Mas Getúlio, também como todo baixinho folgado, era
teimoso e insistiu em voltar. Voltou e, como o príncipe mimado de lá de
trás, disse que não saía: ?Só morto deixo o Palácio do Catete!?. Quando
viu que ia perder a brincadeira, fez pirraça e deu um tiro no peito. Por
algum motivo, os brasileiros acham que esse baixinho que mandava matar e torturar foi ?o maior de todos brasileiros?, e ele virou o ?pai dos
pobres? e ?herói nacional?.
Pouco depois, um filhote do baixinho, apelidado de ?Jango?, teve a idéia
mais estúpida de todas: tirar terra e dinheiro dos ricos para dar aos
pobres. Os brasileiros ricos não gostaram nada da nova brincadeira, e
pediram ajuda de uns brasileiros chamados ?militares?, porque esses
tinham brinquedos de matar. Os militares gostavam de brincar de ?guerra?
(em que um monte de gente mata outro monte de gente sem motivo algum), mas como os militares brasileiros nunca tiveram muitas guerras pra brincar, eles gostavam de dar palpite no ?governo?, que é a brincadeira de enganar e explorar um monte de pessoas, geralmente apelidadas de ?povo?. Só que o governo geralmente fica a cargo dos ?civis?, que são pessoas que não fazem guerra: mandam fazer.
Os militares acharam que a brincadeira no Brasil tava uma bagunça por
que os civis não tinham disciplina e não sabiam jogar. Fizeram um ?golpe
de Estado? ao qual deram o apelido de ?revolução?, e assumiram o governo e o controle de todos os brinquedos, e decidiram matar e torturar mais alguns infelizes que ousavam reclamar. Devolveram aos ricos tudo o que Jango tirou e deram um pouco mais. Os militares também eram mimados (como se vê, o Brasil é um país de crianças mimadas), gostaram de brincar de governo e, principalmente, de ?caça aos comunistas? (pessoas que também queriam brincar de governar, torturar e matar e prometiam tirar tudo dos ricos para distribuir entre os pobres) e, assim, ficaram mais de 20 anos no ?poder?, que é outro nome pra ?governo?.
Mais uma vez, pouco mudou, exceto que os brasileiros ?civis? não podiam dizer o que pensavam em voz alta. Os brasileiros ficaram fartos dos militares mandões e acharam que era melhor voltar a votar na pessoa que ia mentir e roubar deles. Foi o movimento ?Diretas Já?, que os
brasileiros ricos aproveitaram para derrubar os militares e poder roubar
sozinhos, por conta própria, sem intermediários. Era a ?Nova República?.
Na Nova República, como esperado, tudo se passou novamente sem maiores novidades: as pessoas continuavam exploradas, enganadas, roubadas, miseráveis, famintas, e entretidas com um jogo de bola chamado?futebol?, para o qual os brasileiros demonstravam particular aptidão, e isso parecia lhes bastar para serem felizes.
Um dia, um brasileiro pobre que se tornou rico prometendo aos outros
brasileiros pobres que iria torná-los ricos foi eleito presidente. Se
aprendemos algo até aqui, vamos saber que, novamente e outra vez, pouca coisa mudou: continuou a roubalheira e a distribuição de dinheiro para os ricos. Mas esse presidente, conhecido como ?Lula?, decidiu dar também umas esmolas para os pobres sempre votarem nele e seus amiguinhos, e os pobres ficaram muito felizes, bem como um grupo de brasileiros que gostavam de pensar e escrever, os ?intelectuais?, que disseram que agora sim estava havendo uma ?revolução? no Brasil, o que contraria o argumento de que o trabalho do intelectual é pensar.
O mais engraçado de toda essa história, entretanto, é que as pessoas
nascidas nesse pedaço de terra infeliz, apesar de não terem mérito
nenhum nisso, pois aqui nasceram por acaso (ou desgraça) do destino, e o
lugar de nascimento não determinar o caráter nem o valor de ninguém;
apesar de, pelo contrário, esse país ter sido construído sem méritos, à
base de roubos (a começar pelo roubo da terra dos índios), estupro,
extermínio, escravidão, exploração, miséria, fome e tortura (mais ou
menos nessa ordem), isto é, um país construído sobre injustiça
generalizada; apesar de tudo isso, as pessoas nascidas nessa terra ainda
dizem que têm orgulho de ser brasileiro(a)?.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
ESTELIONATO COLETIVO NACIONAL
E...PASMEM A ANEEL É CUMPLICE POR OMISSÃO DÊSSE FATO!
RECLAMAÇÃO POSTADA NO "RECLAME AQUI" SOB O TÍTULO: "CADÊ O NOSSO DINHEIRO?"
Ao fim desse "governo" que finalmente mostra à que veio com os mais recentes escândalos de corrupção, quero saber quando é que vão devolver nosso suado dinheiro, "tungado" por 7 anos consecutivos nas nossas faturas de consumo de energia elétrica, segundo a própria ANEEL, por um erro de cálculo.
Gostaria de saber como e porque esse erro de calculo apenas foi descoberto depois de decorridos 7 anos? e se essa agencia existe, é para defender os direitos de quem mesmo? ao que me consta são funcionários públicos que recebem salários pagos pelos contribuintes e não pelas operadoras do sistema de transmissão e distribuição de energia, até então, as maiores beneficiadas com essa [editado pelo Reclame Aqui].
Se essa agência existe para zelar pelos direitos dos consumidores de energia então porque se posicionou nitidamente do lado das distribuidoras de energia e não do povo que paga seus salários? inclusive afirmando que será difícil devolver o dinheiro cobrado à mais e que segundo o código de defesa do consumidor, deverá ser devolvido em dobro e corrigido pela TR e mais juros decorrentes da demora, assim como nos cobram nas contas pagas em atraso.
E não é só isso, há cerca de mais de um ano tivemos vários aparelhos elétricos e eletrônicos danificados porque a energia da nossa casa dobrou de 110 para 220 volts, segundo a distribuidora Rede Celpa, porque o CT do transformador se desligou, isso já havia acontecido por várias outras vezes e sempre assumimos os prejuizos mas desta feita resolvemos reclamar e exigir nossos direitos, os funcionários da citada empresa vieram em casa fizeram vistoria nos aparelhos queimados e deram inicio ao processo indenizatório com várias exigências absurdas, como nota fiscal de aparêlhos com mais de 15 anos de uso e orçamento de conserto de cada um até dos que foram danificados permanentemente, levamos algum tempo para atender as exigências (alguns aparêlhos não tem rêde autorizada nem especializada na nossa cidade) e depois de tudo isso ainda não nos pagaram qualquer prejuizo consultamos a ANEEL que nos orientou à procurar a ARCON que por sua vez não atuou à nosso favor, dando-nos a nítida impressão que estão à serviço das distribuidoras e não dos consumidores, atribuo essa promiscuidade ao fato dos diretores dessas agências serem nomeados segundo critérios políticos, além de incompetentes para o cargo, sempre se posicionam do lado que tem mais dinheiro e certamente não somos nós.
Diante do aqui relatado vou estipular um prazo de 5 dias ÙTEIS, após o que vou fazer uso político desses fatos, alertando todos os consumidores de todo o Brasil para esse fato inédito de [editado pelo Reclame Aqui] coletivo com a cumplicidade dos orgãos fiscalizadores que deveriam estar atuando em defesa dos consumidores, já que foram criados para isso.
Indignadamente:
José Marcos de Macedo
RECLAMAÇÃO POSTADA NO "RECLAME AQUI" SOB O TÍTULO: "CADÊ O NOSSO DINHEIRO?"
Ao fim desse "governo" que finalmente mostra à que veio com os mais recentes escândalos de corrupção, quero saber quando é que vão devolver nosso suado dinheiro, "tungado" por 7 anos consecutivos nas nossas faturas de consumo de energia elétrica, segundo a própria ANEEL, por um erro de cálculo.
Gostaria de saber como e porque esse erro de calculo apenas foi descoberto depois de decorridos 7 anos? e se essa agencia existe, é para defender os direitos de quem mesmo? ao que me consta são funcionários públicos que recebem salários pagos pelos contribuintes e não pelas operadoras do sistema de transmissão e distribuição de energia, até então, as maiores beneficiadas com essa [editado pelo Reclame Aqui].
Se essa agência existe para zelar pelos direitos dos consumidores de energia então porque se posicionou nitidamente do lado das distribuidoras de energia e não do povo que paga seus salários? inclusive afirmando que será difícil devolver o dinheiro cobrado à mais e que segundo o código de defesa do consumidor, deverá ser devolvido em dobro e corrigido pela TR e mais juros decorrentes da demora, assim como nos cobram nas contas pagas em atraso.
E não é só isso, há cerca de mais de um ano tivemos vários aparelhos elétricos e eletrônicos danificados porque a energia da nossa casa dobrou de 110 para 220 volts, segundo a distribuidora Rede Celpa, porque o CT do transformador se desligou, isso já havia acontecido por várias outras vezes e sempre assumimos os prejuizos mas desta feita resolvemos reclamar e exigir nossos direitos, os funcionários da citada empresa vieram em casa fizeram vistoria nos aparelhos queimados e deram inicio ao processo indenizatório com várias exigências absurdas, como nota fiscal de aparêlhos com mais de 15 anos de uso e orçamento de conserto de cada um até dos que foram danificados permanentemente, levamos algum tempo para atender as exigências (alguns aparêlhos não tem rêde autorizada nem especializada na nossa cidade) e depois de tudo isso ainda não nos pagaram qualquer prejuizo consultamos a ANEEL que nos orientou à procurar a ARCON que por sua vez não atuou à nosso favor, dando-nos a nítida impressão que estão à serviço das distribuidoras e não dos consumidores, atribuo essa promiscuidade ao fato dos diretores dessas agências serem nomeados segundo critérios políticos, além de incompetentes para o cargo, sempre se posicionam do lado que tem mais dinheiro e certamente não somos nós.
Diante do aqui relatado vou estipular um prazo de 5 dias ÙTEIS, após o que vou fazer uso político desses fatos, alertando todos os consumidores de todo o Brasil para esse fato inédito de [editado pelo Reclame Aqui] coletivo com a cumplicidade dos orgãos fiscalizadores que deveriam estar atuando em defesa dos consumidores, já que foram criados para isso.
Indignadamente:
José Marcos de Macedo
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Sujestão de Campanha para a AVAAZ
Gostaria de dizer que é falsa a afirmação que Belo Monte afetará milhares de índios, estou morando na região há 39 anos e afirmo que na área de formação do lago não existe nem um centena dêles.
O Bispo da Prelazia do Xingú costuma alugar dezenas de ônibus para buscar índios até no sul do Pará, região de Redenção para engrossar filas de protesto, com Belo Monte êle não terá mais uma Prelazia, mas uma Diocese, é por isso que protesta.
O que esta matando o Rio Xingú, é a ocupação desordenada por incompetência de administradores Municipais e Estaduais, com a descarga de dejetos humanos e churume de lixo nos seus afluentes.
A Avaaz deveria se preocupar com o aquecimento global provocado pela queima de combustíveis fósseis, as queimadas e o metano produzidos pelos rebanhos bovinos que destroi a camada de ozônio e são responsáveis pelo desmatamento e queimadas na Amazônia, isso sim esta matando os Rios e as chances de sobrevivência no Planeta.
O Brasil gasta hoje 36 milhões de reais por dia, sendo 12 milhões para sustentar o consumo de usinas termoelétricas e mais de 24 milhões de repasse ao Paraguay pela compra do excedente de energia de Itaipú, êsse dinheiro poderia estar sendo gasto com educação e saude se Belo Monte estivesse sido construida em meados de 1974 quando houve os primeiros planejamentos, incluindo o "Projeto Entre Rios" na confluência dos Rios Curuá, Iriri e Xingu, onde se dará a maior Hidrelétrica do Mundo, ao qual eu também sou faforável.
Sou terminantemente contra a queima do obsoleto Petróleo que é a maior causa das catástrofes climáticas no planeta, sou contra os combustíveis rotulados de ecológicos como o ethanol e o biodiesel, não existe combustível ecológico para motores à combustão, ja que para a sua queima é necessário o oxigênio, essencial à tôdas as formas de vida no planeta e a área de plantio de biocombustíveis deveria estar sendo usada para produzir mais alimentos para baratear o custo e minimizar o problema da fome no Planeta.
Gostaria de sugerir que a Avaaz apoiasse a MOTORMDI na França que tem um projeto de veículo movido a ar comprimido ecologicamente perfeito, mas à exemplo da General Motors nos E.U.A, em 1996 com sem modêlo elétrico Volt, se sente ameaçado pelas grandes multinacionais do Petróleo, estas sim responsáveis pela degradação ambiental no Planeta, pois desde 1889 é conhecida a verdadeira vocação energética da Terra: "O Hidrogênio", mas esta fonte limpa e inesgotável foi proibida com muitas mortes e desaparecimentos de gente que tentou implantar essa poderosa fonte de energia para movimentar veiculos.
A produção de hidrogênio pode ser à partir da água salgada do mar ou das chuvas, cuja precipitação esta cada vez mais acentuada devido ao aquecimento do planeta, mais calôr, mais evaporação e por fim chuvas cada vez mais fortes, a produção em massa de hidrogênio esfriaria o planeta se a produção for destinada à substituir o petróleo, a melhor parte disso é que no processo, se produz também oxigênio que é necessário para a queima do combustível, sobrando um pouco mais para os sêres vivos respirarem.
Quanto a Belo Monte, esqueçam, o que os contras conseguiram com o atrazo dessa obra, foi obrigar o Govêrno Brasileiro à concluir Angra 3, que custará 3 vezes mais e produzirá 3 vezes menos energia que Belo Monte, eu sou contra usinas nucleares, por gerarem lixo radioativo e serem o calcanhar de Aquiles em caso de guerra, não sou nenhum General, mas como estratégia de guerra, eu atacaria primeiro as usinas nucleares se tivesse que causar danos por até 200 anos à um Pais inimigo.
Portanto, fica ai minhas considerações e sugestões de campanhas mais relevantes para a vida no Planeta, Hidrelétricas não matam Rios vejam o exemplo de ITAIPU, matou as cataratas "Sete Quedas" que conheci quando tinha 14 anos, mas em compensação muito ajuda no desenvolvimento do Brasil e do Paraguay, estar contra Belo Monte e estar contra o Brasil e os Brasileiros trabalhadores, sem desenvolvimento, não há trabalho, mas fome e miséria e é isso que a Igreja Católica quer, porque é muito mais fácil dominar os miseráveis e tirar proveito da situação.
Atenciosamente:
José M. de Macedo
José Marcos de Macedo
Brasil
jmdemacedo@hotmail.com
Enviado através da webform avaaz.org/po/contact
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Obrigado por enviar o seu comentário. Embora não possamos responder todas as mensagens individualmente, nós lemos todas as mensagens enviadas. Mais uma vez obrigado! - A equipe Avaaz
O Bispo da Prelazia do Xingú costuma alugar dezenas de ônibus para buscar índios até no sul do Pará, região de Redenção para engrossar filas de protesto, com Belo Monte êle não terá mais uma Prelazia, mas uma Diocese, é por isso que protesta.
O que esta matando o Rio Xingú, é a ocupação desordenada por incompetência de administradores Municipais e Estaduais, com a descarga de dejetos humanos e churume de lixo nos seus afluentes.
A Avaaz deveria se preocupar com o aquecimento global provocado pela queima de combustíveis fósseis, as queimadas e o metano produzidos pelos rebanhos bovinos que destroi a camada de ozônio e são responsáveis pelo desmatamento e queimadas na Amazônia, isso sim esta matando os Rios e as chances de sobrevivência no Planeta.
O Brasil gasta hoje 36 milhões de reais por dia, sendo 12 milhões para sustentar o consumo de usinas termoelétricas e mais de 24 milhões de repasse ao Paraguay pela compra do excedente de energia de Itaipú, êsse dinheiro poderia estar sendo gasto com educação e saude se Belo Monte estivesse sido construida em meados de 1974 quando houve os primeiros planejamentos, incluindo o "Projeto Entre Rios" na confluência dos Rios Curuá, Iriri e Xingu, onde se dará a maior Hidrelétrica do Mundo, ao qual eu também sou faforável.
Sou terminantemente contra a queima do obsoleto Petróleo que é a maior causa das catástrofes climáticas no planeta, sou contra os combustíveis rotulados de ecológicos como o ethanol e o biodiesel, não existe combustível ecológico para motores à combustão, ja que para a sua queima é necessário o oxigênio, essencial à tôdas as formas de vida no planeta e a área de plantio de biocombustíveis deveria estar sendo usada para produzir mais alimentos para baratear o custo e minimizar o problema da fome no Planeta.
Gostaria de sugerir que a Avaaz apoiasse a MOTORMDI na França que tem um projeto de veículo movido a ar comprimido ecologicamente perfeito, mas à exemplo da General Motors nos E.U.A, em 1996 com sem modêlo elétrico Volt, se sente ameaçado pelas grandes multinacionais do Petróleo, estas sim responsáveis pela degradação ambiental no Planeta, pois desde 1889 é conhecida a verdadeira vocação energética da Terra: "O Hidrogênio", mas esta fonte limpa e inesgotável foi proibida com muitas mortes e desaparecimentos de gente que tentou implantar essa poderosa fonte de energia para movimentar veiculos.
A produção de hidrogênio pode ser à partir da água salgada do mar ou das chuvas, cuja precipitação esta cada vez mais acentuada devido ao aquecimento do planeta, mais calôr, mais evaporação e por fim chuvas cada vez mais fortes, a produção em massa de hidrogênio esfriaria o planeta se a produção for destinada à substituir o petróleo, a melhor parte disso é que no processo, se produz também oxigênio que é necessário para a queima do combustível, sobrando um pouco mais para os sêres vivos respirarem.
Quanto a Belo Monte, esqueçam, o que os contras conseguiram com o atrazo dessa obra, foi obrigar o Govêrno Brasileiro à concluir Angra 3, que custará 3 vezes mais e produzirá 3 vezes menos energia que Belo Monte, eu sou contra usinas nucleares, por gerarem lixo radioativo e serem o calcanhar de Aquiles em caso de guerra, não sou nenhum General, mas como estratégia de guerra, eu atacaria primeiro as usinas nucleares se tivesse que causar danos por até 200 anos à um Pais inimigo.
Portanto, fica ai minhas considerações e sugestões de campanhas mais relevantes para a vida no Planeta, Hidrelétricas não matam Rios vejam o exemplo de ITAIPU, matou as cataratas "Sete Quedas" que conheci quando tinha 14 anos, mas em compensação muito ajuda no desenvolvimento do Brasil e do Paraguay, estar contra Belo Monte e estar contra o Brasil e os Brasileiros trabalhadores, sem desenvolvimento, não há trabalho, mas fome e miséria e é isso que a Igreja Católica quer, porque é muito mais fácil dominar os miseráveis e tirar proveito da situação.
Atenciosamente:
José M. de Macedo
José Marcos de Macedo
Brasil
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
O Patriotário
Esta história se inicia pelos idos de fevereiro de 1954, quando houve no Brasil o maior acidente já registrado àquela época, estava eu com 4 mêses de gestação quando minha Mãe embarcou em uma viajem, desde Maripá (hoje Pracinha) antigo distrito da cidade de Lucélia no interior de São Paulo: Juntos iam meu Tio Odécio e minha Tia Geni que veio à falecer no acidente.
Era uma viajem de passeio para compras, mas ao chegar no cruzamento da linha férrea, o cobrador desceu para ver se estava seguro cruzar, ao ver o trem perto, voltou e alertou o motorista que esperasse, mas o mesmo resolveu ir adiante e conseguiu afogar o coletivo bem no meio da linha do trem que pegou o ônibus em cheio, provocando a explosão do tanque de gasolina que estava cheio, arrastando o onibus em chamas lotado de passageiros por centenas de metros, até conseguir parar, nêsse instante, minha Mãe agarrou-se ao meu Tio que estava ao seu lado e ambos foram arremessados pela janela com o impacto, não sofrendo muitas queimaduras, mas foram bastante cortados pelos vidros que antigamente não eram temperados, minha Tia que estava no banco de trás morreu carbonizada como a maioria dos passageiros e só foi reconhecida pela arcada dentária.
A minha Mãe e meu tio foram duas das seis vítimas que sobreviveram, mas eu também estava lá, houve por parte dos médicos que a atenderam a intenção de abortar a gestação sob a alegação que os impactos do acidente certamente haviam provocado danos e imperfeições ao feto e caso ela insistisse na gestação deveria criar um filho com graves deficiências físicas e até mentais, mas ela não desistiu, viajou até a capital e na cidade de São Paulo ouviu as mesmas afirmações, de que no mínimo criaria um filho débil mental, mesmo assim ela resolveu se arriscar e eu nasci no dia 08 de julho de 1.954 às 08:00 da manhã, saudável e sem nenhuma deficiência aparente.
Eu cresci normalmente como qualquer criança, falei e andei aos 9 mêses de idade e como qualquer criança saudável aprontei de montão, mesmo antes dos dois anos de idade, chequei à ser doado à minha madrinha Alice, porque um dia minha Mãe demorou para me tirar do berço, como qualquer criança eu fazia muita caca, não obstante nêsse dia em especial eu resolvi adornar o berço com tôda aquela caca, segundo contam, eu lambuzei cada pau do berço como se estivesse pintando, mas a caca era muita e eu também passei pelos cabelos e o rosto, desesperada, minha Mãe não quis nem me pegar no meio daquela sujeira, chegou a dizer que não queria mais criar um filho tão imundo e a filha da minha madrinha, carinhosamente me tirou da bosta e me levou para a casa dela, me deu um bom banho, passou talco achando que dali em diante eu seria dela, depois de limpar o berço, lavar o cobertor minha Mãe foi me buscar e criou um conflito quase insuperável, meus padrinhos eram patrões do meu Pai que era Estafeta do Banco Brasileiro de Descontos, hoje simplesmente BRADESCO, meu Padrinho Sr. Arthur Cunha era o Gerente da agência, a casa dêle era em cima da Agência e nossa casa ficava nos fundos e por isso, Maria Alice que me tirou da bosta, por muitos anos não falou mais com minha Mãe.
Ainda na cidade de Lucélia, já morando em outra casa, me lembro de ter me perdido uma vez que passou um sorveteiro, pedi dinheiro para comprar um, minha Mãe se negou à dar dizendo que não tinha dinheiro trocado, aprontei um berreiro para convencê-la e consegui, mas quando peguei o dinheiro o sorveteiro já ia longe, não desisti corri atrás, ate chegar em uma rua bastante larga, de onde pude ver o trem chegando na cidade, fiquei maravilhado com minha primeira visão de um trem em movimento com a maria fumaça e tudo, saltitando de alegria prossegui, até ver outra criança com um sorvete nas mãos, ai me lembrei de porque estava na rua, logo em seguida eu vi a sorveteria, entrei e pedi o meu, dei o dinheiro e o homem me deu um montão de dinheiro além do sorvete, isso me deixou mais que feliz, pois além do sorvete eu voltaria para casa com mais dinheiro do que levei e minha Mãe ficaria feliz, mas como eu faria para voltar para casa? Eu havia andado tanto que não sabia onde estava e nem para onde deveria ir para chegar em casa, à esta altura minha Mãe já tinha ido até na Delegacia da cidade, pensando talvez que eu tivesse sido sequestrado pelo sorveteiro, mas graças à um vizinho que me viu na rua, consegui voltar para casa.
Com 3 anos nos mudamos para Dracena onde tive uma infância feliz e normal como qualquer outra criança, aos 6 anos de idade fui matriculado como ouvinte na escola pois ainda não tinha os 7 anos completos para ser matriculado oficialmente, o que só ocorreu no mês de julho, mesmo assim eu passei de ano com a média máxima, tendo sido o único aluno na escola à conseguir a façanha naquêle ano, ganhei com isso um diploma de Honra ao Mérito, oferecido pelo Lions Club da cidade, era a minha resposta aos meus coleguinhas que desde o início insistiam em me apelidar por causa da cor da minha pele, era neguinho, pau-de-fumo e coisas do gênero, me senti vingado, podia ser tudo de que me chamavam, mas era também o melhor da escola.
Aos 9 anos nos mudamos para a Capital, no meu boletim as notas ainda eram tôdas 100 que era a nota máxima da época, la chegando fui estudar em uma escola Estadual no Bosque da Saúde e mantive as mesmas notas até o final do ano, quando tive minha primeira decepção escolar, apesar de ter tirado a média 100, minha professôra me classificou como 2º lugar porque outro aluno da sua classe de nome Constante também havia conquistado a média 100 e o critério dela era que êle estava com ela desde o início do ano e eu havia chegado depois das férias, fiquei revoltado pois no mínimo houve um empate e se houvesse um critério de desempate acho que eu tive mais dificuldades por ter vindo do interior, de outra Escola e outra Professôra, não fui buscar minha medalha de 2º colocado.
Como eu tinha feito junto com o 4º ano o curso de admissão ao ginásio, com 10 anos eu já estava no 1º ano do ginásio, mas ao concluir o primeiro ano veio a separação dos meus Pais, já eramos 4 irmãos: eu o Marcos, a Márcia, a Marta e o Mario, êste com 3 anos de idade, ficamos os 4 com minha Mãe, meu Pai sumiu no mundo, não mandava dinheiro e minha Mãe teve que se virar para nos sustentar, até onde deu, eu e minha irmã Márcia fomos mandados para Umuarama-PR para viver com um Tio que era dono de frigorífico e minha irmã Marta foi para Oswaldo Cruz viver com um Tio dono de Sapataria, minha Mãe ficou em São Paulo com o Mário vivendo na casa de um Tio que era Construtor Mestre de Obras.
Foi um tempo de sofrimento e aprendizado, eu ja sabia que "em lagôa de sapos, de cócoras com êles", por isso eu me saia bem, meu tio me colocou para trabalhar em uma oficina de refrigeração, isso no inverno de 1.968, não sei se porque não tinha roupas bôas, mas não me lembro de passar tanto frio nessa vida como naquêle tempo e por ironia no "emprêgo que consegui" sem salário pois eu era aprendiz, o patrão que vivia bêbado sob alegação de que era para esquentar, me ensinou à trocar o pavio de geladeira à querozene e me autorizou à ficar com o dinheiro, como não tinha o que fazer, me ocupava fazendo garrunchas de carregar pela boca, usando canos de cobre das geladeiras.
Um dia, estava no mato testando uma dessas garrunchas em baixo de um enorme pé de gabiroba, quando descobri o maior segrêdo dessa vida e ao qual atribuo minha sobrevivência até os dias de hoje, eu testava a capacidade de carga máxima para não estourar o cano e ao dar o primeiro tiro ouvi o barulho de corpos caindo, eram muitos, mas eu só vi dois quatis, mortinhos no chão, quase fiquei louco porque não havia munição na arma, apenas pólvora e eu havia atirado horizontalmente para a frente e não para cima, intrigado, me aproximei de um dêles, quando tentei tocá-lo, outro grande susto, o bicho sai correndo e os outros que aparentemente estavam mortos o seguiram.
Não comentei o fato em caso pois o negócio das garrunchas era segredo meu e dos meus primos, eu havia construido uma para êles e duas para mim, a cidade era dividida pela Avenida Paraná, e havia o que se chama hoje de gangs, para nós era a turma da cidade alta e nós eramos da cidade baixa, eu tentei estudar, mas o Colégio era no lado alto da cidade e não demorou para o inevitável, quando eu voltava da aula, fui reconhecido como um da cidade baixa e formaram um cêrco à minha volta, não fôsse minhas garrunchas eu teria sido coberto de porrada, já que êles estava em seis elementos, eu puxei a menor e disse que atiraria no primeiro que se aproximasse, quando percebi manobra para me distrair ja que estavam por tôdos os lados e diziam "êle so tem um tiro e não vai poder correr" então decidi atirar, não havia munição, apenas pólvora socada até a bôca do cano que media 12 centímetros, o tiro foi ensurdecedor e saiu uma lingua de fogo de mais de um metro, êles recuaram atordoados e eu puxei a outra muito maior, esta estava municiada com uma colher de café de chumbo pequeno, usado para caçar perdizes, ai eu segui o meu caminho e êles me deixaram passar, mas eu nunca mais voltei à Escola.
No final do ano fiquei sabendo que minha Mãe havia nos arranjado um Padrasto e estava morando em casa própria, decidi voltar para a cidade de São Paulo, eu ajudava meu Padrasto que era Cabo Bombeiro, nos dias de folga fazia serviços de encanador e limpava de poços que no nosso bairro tinham em média 80 à 120 metros, quando completei 13 anos, minha Mãe me levou ao Juizado de Menores e me emancipou para que eu tirasse minha Carteira de Trabalho e logo comecei à trabalhar de empregado, saia antes da cinco da manhã, já que depois das cinco os onibus não paravam mais de tão lotados, iam com gente pendurada do lado de fora eu mesmo, viajei muitas vezes por até 20 minutos pendurado.
Meu primeiro trabalho foi SURFASSAGEM, que é o trabalho em blocos de cristais para fazer lentes para óculos, eu ia bem o patrão era ótimo professor, até me ensinou como limpar um vaso sanitário, so com esponja e sapólio, enfiando a mão mesmo e esfregando até ficar branquinho, mas um belo dia eu vacilei quando trabalhava uma lente bifocal, ela escapou da ferramenta que girava e quebrou, quando chegou o fim do mês, meu salário veio descontado em quase metade que era o valor sa lente, eu não achei correto a forma da cobrança, talvez se êle parcelasse não me irritaria tanto, disse para minha Mãe que iria pedir a conta ao que ela respondeu, so se você tiver outro emprego para trabalhar pois seu Padrasto ganha pouco e contamos com êsse dinheiro para a despesas.
No caminho até o ponto do ônibus eu passava por uma Cartonagem que sempre estava precisando de auxiliares de serviços, então um dia pedi para sair meia hora mais cêdo e fui até lá, o salário era um pouco melhor e minha Mãe me autorizou a sair do primeiro serviço, era muito bom trabalhar lá o pessoal era muito legal até parecia uma familia, fiquei lá por muito tempo, até conseguir o melhor emprêgo da minha vida, na UNIVEST Corretora de Valôres que trabalhava com investimentos na BOVESPA e também intermediava financiamentos em geral, eu trabalhava com automóveis.
Minha função era tôdo o procedimento desde a abertura de crédito até a entrega do veiculo, eu tinha que verificar informações sobre o cliente, encaminhar seu contrato para a finaceira e depois à revenda que finalmente lhe entregaria o carro eu ganhava dinheiro do Cartório pela preferência para fazer Registro do Contrato, o cliente tinha pressa para ter o carro, então pagava 20 Cruzeiros para eu dar ao funcionário da financeira entregar o contrato no mesmo dia e pagaria a mesma importãncia para mim assim que eu entregasse o cheque na revenda, só que eu dava 10 ao funcionario da financeira e ja ficava com 10, tinha também o dinheiro da condução, a firma dava dinheiro para TAXI e eu ia de ônibus expresso, exemplo para São Caetano do Sul era 30 cruzeiros ida e volta de taxi, indo de expresso, gastava 2 cruzeiros ida e volta e levava o mesmo tempo de viajem ou até menos pois o expresso saia à cada 15 minutos e taxi dependendo do horário levava até horas para conseguir um livre, a diferença 28 reais eu embolsava, nunca achei isso ilegal, até porque as missões mais longes eram minhas porque eu não estudava.
Quando finalmente a UNIVEST decidiu fechar o setor de financiamento e me remanejou para serviços internos eu decidi sair, mesmo tendo me dado um aumento de salário de 80 cruzeiros para 140 eu achei pouco, ja estava acostumadoa gastar muito o salário minimo da época (1968) era de CR$ 62,50, teve dia de eu ganhar 120 so de gratificações, o salário eu dava inteiro em casa para a minha Mãe, mas os ganhos por fora eu gastava com roupas finas, sapatos sob medida, restaurante do nível do Fasano, dependendo do horário ainda levava a nota para a firma reembolsar, ia sempre nos melhores cinemas, resumindo eu gastava um carro zero à cada 40 dias, nunca ganhei tanto dinheiro na minha vida, mas a mamata acabou, mesmo ganhando mais de dois salários mínimos, para mim era pouco pois o envelope do pagamento eu teria que entregar para a minha Mãe e para mim so viria o dinheiro da condução, mais nada, consegui negociar com ela e o meu Padrasto o pagamento de um curso de Eletrônica o qual eu pagaria com meu dinheiro.
Era uma viajem de passeio para compras, mas ao chegar no cruzamento da linha férrea, o cobrador desceu para ver se estava seguro cruzar, ao ver o trem perto, voltou e alertou o motorista que esperasse, mas o mesmo resolveu ir adiante e conseguiu afogar o coletivo bem no meio da linha do trem que pegou o ônibus em cheio, provocando a explosão do tanque de gasolina que estava cheio, arrastando o onibus em chamas lotado de passageiros por centenas de metros, até conseguir parar, nêsse instante, minha Mãe agarrou-se ao meu Tio que estava ao seu lado e ambos foram arremessados pela janela com o impacto, não sofrendo muitas queimaduras, mas foram bastante cortados pelos vidros que antigamente não eram temperados, minha Tia que estava no banco de trás morreu carbonizada como a maioria dos passageiros e só foi reconhecida pela arcada dentária.
A minha Mãe e meu tio foram duas das seis vítimas que sobreviveram, mas eu também estava lá, houve por parte dos médicos que a atenderam a intenção de abortar a gestação sob a alegação que os impactos do acidente certamente haviam provocado danos e imperfeições ao feto e caso ela insistisse na gestação deveria criar um filho com graves deficiências físicas e até mentais, mas ela não desistiu, viajou até a capital e na cidade de São Paulo ouviu as mesmas afirmações, de que no mínimo criaria um filho débil mental, mesmo assim ela resolveu se arriscar e eu nasci no dia 08 de julho de 1.954 às 08:00 da manhã, saudável e sem nenhuma deficiência aparente.
Eu cresci normalmente como qualquer criança, falei e andei aos 9 mêses de idade e como qualquer criança saudável aprontei de montão, mesmo antes dos dois anos de idade, chequei à ser doado à minha madrinha Alice, porque um dia minha Mãe demorou para me tirar do berço, como qualquer criança eu fazia muita caca, não obstante nêsse dia em especial eu resolvi adornar o berço com tôda aquela caca, segundo contam, eu lambuzei cada pau do berço como se estivesse pintando, mas a caca era muita e eu também passei pelos cabelos e o rosto, desesperada, minha Mãe não quis nem me pegar no meio daquela sujeira, chegou a dizer que não queria mais criar um filho tão imundo e a filha da minha madrinha, carinhosamente me tirou da bosta e me levou para a casa dela, me deu um bom banho, passou talco achando que dali em diante eu seria dela, depois de limpar o berço, lavar o cobertor minha Mãe foi me buscar e criou um conflito quase insuperável, meus padrinhos eram patrões do meu Pai que era Estafeta do Banco Brasileiro de Descontos, hoje simplesmente BRADESCO, meu Padrinho Sr. Arthur Cunha era o Gerente da agência, a casa dêle era em cima da Agência e nossa casa ficava nos fundos e por isso, Maria Alice que me tirou da bosta, por muitos anos não falou mais com minha Mãe.
Ainda na cidade de Lucélia, já morando em outra casa, me lembro de ter me perdido uma vez que passou um sorveteiro, pedi dinheiro para comprar um, minha Mãe se negou à dar dizendo que não tinha dinheiro trocado, aprontei um berreiro para convencê-la e consegui, mas quando peguei o dinheiro o sorveteiro já ia longe, não desisti corri atrás, ate chegar em uma rua bastante larga, de onde pude ver o trem chegando na cidade, fiquei maravilhado com minha primeira visão de um trem em movimento com a maria fumaça e tudo, saltitando de alegria prossegui, até ver outra criança com um sorvete nas mãos, ai me lembrei de porque estava na rua, logo em seguida eu vi a sorveteria, entrei e pedi o meu, dei o dinheiro e o homem me deu um montão de dinheiro além do sorvete, isso me deixou mais que feliz, pois além do sorvete eu voltaria para casa com mais dinheiro do que levei e minha Mãe ficaria feliz, mas como eu faria para voltar para casa? Eu havia andado tanto que não sabia onde estava e nem para onde deveria ir para chegar em casa, à esta altura minha Mãe já tinha ido até na Delegacia da cidade, pensando talvez que eu tivesse sido sequestrado pelo sorveteiro, mas graças à um vizinho que me viu na rua, consegui voltar para casa.
Com 3 anos nos mudamos para Dracena onde tive uma infância feliz e normal como qualquer outra criança, aos 6 anos de idade fui matriculado como ouvinte na escola pois ainda não tinha os 7 anos completos para ser matriculado oficialmente, o que só ocorreu no mês de julho, mesmo assim eu passei de ano com a média máxima, tendo sido o único aluno na escola à conseguir a façanha naquêle ano, ganhei com isso um diploma de Honra ao Mérito, oferecido pelo Lions Club da cidade, era a minha resposta aos meus coleguinhas que desde o início insistiam em me apelidar por causa da cor da minha pele, era neguinho, pau-de-fumo e coisas do gênero, me senti vingado, podia ser tudo de que me chamavam, mas era também o melhor da escola.
Aos 9 anos nos mudamos para a Capital, no meu boletim as notas ainda eram tôdas 100 que era a nota máxima da época, la chegando fui estudar em uma escola Estadual no Bosque da Saúde e mantive as mesmas notas até o final do ano, quando tive minha primeira decepção escolar, apesar de ter tirado a média 100, minha professôra me classificou como 2º lugar porque outro aluno da sua classe de nome Constante também havia conquistado a média 100 e o critério dela era que êle estava com ela desde o início do ano e eu havia chegado depois das férias, fiquei revoltado pois no mínimo houve um empate e se houvesse um critério de desempate acho que eu tive mais dificuldades por ter vindo do interior, de outra Escola e outra Professôra, não fui buscar minha medalha de 2º colocado.
Como eu tinha feito junto com o 4º ano o curso de admissão ao ginásio, com 10 anos eu já estava no 1º ano do ginásio, mas ao concluir o primeiro ano veio a separação dos meus Pais, já eramos 4 irmãos: eu o Marcos, a Márcia, a Marta e o Mario, êste com 3 anos de idade, ficamos os 4 com minha Mãe, meu Pai sumiu no mundo, não mandava dinheiro e minha Mãe teve que se virar para nos sustentar, até onde deu, eu e minha irmã Márcia fomos mandados para Umuarama-PR para viver com um Tio que era dono de frigorífico e minha irmã Marta foi para Oswaldo Cruz viver com um Tio dono de Sapataria, minha Mãe ficou em São Paulo com o Mário vivendo na casa de um Tio que era Construtor Mestre de Obras.
Foi um tempo de sofrimento e aprendizado, eu ja sabia que "em lagôa de sapos, de cócoras com êles", por isso eu me saia bem, meu tio me colocou para trabalhar em uma oficina de refrigeração, isso no inverno de 1.968, não sei se porque não tinha roupas bôas, mas não me lembro de passar tanto frio nessa vida como naquêle tempo e por ironia no "emprêgo que consegui" sem salário pois eu era aprendiz, o patrão que vivia bêbado sob alegação de que era para esquentar, me ensinou à trocar o pavio de geladeira à querozene e me autorizou à ficar com o dinheiro, como não tinha o que fazer, me ocupava fazendo garrunchas de carregar pela boca, usando canos de cobre das geladeiras.
Um dia, estava no mato testando uma dessas garrunchas em baixo de um enorme pé de gabiroba, quando descobri o maior segrêdo dessa vida e ao qual atribuo minha sobrevivência até os dias de hoje, eu testava a capacidade de carga máxima para não estourar o cano e ao dar o primeiro tiro ouvi o barulho de corpos caindo, eram muitos, mas eu só vi dois quatis, mortinhos no chão, quase fiquei louco porque não havia munição na arma, apenas pólvora e eu havia atirado horizontalmente para a frente e não para cima, intrigado, me aproximei de um dêles, quando tentei tocá-lo, outro grande susto, o bicho sai correndo e os outros que aparentemente estavam mortos o seguiram.
Não comentei o fato em caso pois o negócio das garrunchas era segredo meu e dos meus primos, eu havia construido uma para êles e duas para mim, a cidade era dividida pela Avenida Paraná, e havia o que se chama hoje de gangs, para nós era a turma da cidade alta e nós eramos da cidade baixa, eu tentei estudar, mas o Colégio era no lado alto da cidade e não demorou para o inevitável, quando eu voltava da aula, fui reconhecido como um da cidade baixa e formaram um cêrco à minha volta, não fôsse minhas garrunchas eu teria sido coberto de porrada, já que êles estava em seis elementos, eu puxei a menor e disse que atiraria no primeiro que se aproximasse, quando percebi manobra para me distrair ja que estavam por tôdos os lados e diziam "êle so tem um tiro e não vai poder correr" então decidi atirar, não havia munição, apenas pólvora socada até a bôca do cano que media 12 centímetros, o tiro foi ensurdecedor e saiu uma lingua de fogo de mais de um metro, êles recuaram atordoados e eu puxei a outra muito maior, esta estava municiada com uma colher de café de chumbo pequeno, usado para caçar perdizes, ai eu segui o meu caminho e êles me deixaram passar, mas eu nunca mais voltei à Escola.
No final do ano fiquei sabendo que minha Mãe havia nos arranjado um Padrasto e estava morando em casa própria, decidi voltar para a cidade de São Paulo, eu ajudava meu Padrasto que era Cabo Bombeiro, nos dias de folga fazia serviços de encanador e limpava de poços que no nosso bairro tinham em média 80 à 120 metros, quando completei 13 anos, minha Mãe me levou ao Juizado de Menores e me emancipou para que eu tirasse minha Carteira de Trabalho e logo comecei à trabalhar de empregado, saia antes da cinco da manhã, já que depois das cinco os onibus não paravam mais de tão lotados, iam com gente pendurada do lado de fora eu mesmo, viajei muitas vezes por até 20 minutos pendurado.
Meu primeiro trabalho foi SURFASSAGEM, que é o trabalho em blocos de cristais para fazer lentes para óculos, eu ia bem o patrão era ótimo professor, até me ensinou como limpar um vaso sanitário, so com esponja e sapólio, enfiando a mão mesmo e esfregando até ficar branquinho, mas um belo dia eu vacilei quando trabalhava uma lente bifocal, ela escapou da ferramenta que girava e quebrou, quando chegou o fim do mês, meu salário veio descontado em quase metade que era o valor sa lente, eu não achei correto a forma da cobrança, talvez se êle parcelasse não me irritaria tanto, disse para minha Mãe que iria pedir a conta ao que ela respondeu, so se você tiver outro emprego para trabalhar pois seu Padrasto ganha pouco e contamos com êsse dinheiro para a despesas.
No caminho até o ponto do ônibus eu passava por uma Cartonagem que sempre estava precisando de auxiliares de serviços, então um dia pedi para sair meia hora mais cêdo e fui até lá, o salário era um pouco melhor e minha Mãe me autorizou a sair do primeiro serviço, era muito bom trabalhar lá o pessoal era muito legal até parecia uma familia, fiquei lá por muito tempo, até conseguir o melhor emprêgo da minha vida, na UNIVEST Corretora de Valôres que trabalhava com investimentos na BOVESPA e também intermediava financiamentos em geral, eu trabalhava com automóveis.
Minha função era tôdo o procedimento desde a abertura de crédito até a entrega do veiculo, eu tinha que verificar informações sobre o cliente, encaminhar seu contrato para a finaceira e depois à revenda que finalmente lhe entregaria o carro eu ganhava dinheiro do Cartório pela preferência para fazer Registro do Contrato, o cliente tinha pressa para ter o carro, então pagava 20 Cruzeiros para eu dar ao funcionário da financeira entregar o contrato no mesmo dia e pagaria a mesma importãncia para mim assim que eu entregasse o cheque na revenda, só que eu dava 10 ao funcionario da financeira e ja ficava com 10, tinha também o dinheiro da condução, a firma dava dinheiro para TAXI e eu ia de ônibus expresso, exemplo para São Caetano do Sul era 30 cruzeiros ida e volta de taxi, indo de expresso, gastava 2 cruzeiros ida e volta e levava o mesmo tempo de viajem ou até menos pois o expresso saia à cada 15 minutos e taxi dependendo do horário levava até horas para conseguir um livre, a diferença 28 reais eu embolsava, nunca achei isso ilegal, até porque as missões mais longes eram minhas porque eu não estudava.
Quando finalmente a UNIVEST decidiu fechar o setor de financiamento e me remanejou para serviços internos eu decidi sair, mesmo tendo me dado um aumento de salário de 80 cruzeiros para 140 eu achei pouco, ja estava acostumadoa gastar muito o salário minimo da época (1968) era de CR$ 62,50, teve dia de eu ganhar 120 so de gratificações, o salário eu dava inteiro em casa para a minha Mãe, mas os ganhos por fora eu gastava com roupas finas, sapatos sob medida, restaurante do nível do Fasano, dependendo do horário ainda levava a nota para a firma reembolsar, ia sempre nos melhores cinemas, resumindo eu gastava um carro zero à cada 40 dias, nunca ganhei tanto dinheiro na minha vida, mas a mamata acabou, mesmo ganhando mais de dois salários mínimos, para mim era pouco pois o envelope do pagamento eu teria que entregar para a minha Mãe e para mim so viria o dinheiro da condução, mais nada, consegui negociar com ela e o meu Padrasto o pagamento de um curso de Eletrônica o qual eu pagaria com meu dinheiro.
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